sábado, 19 de abril de 2008

Carta Aberta à Comunidade Acadêmica

Caros companheiros de luta estudantil, caros colegas acadêmicos.

O Centro Acadêmico de História da FAFIPA – CAHIST em conjunto com o Movimento Vermelho – MoVer torna público a indignação dos Acadêmicos do Curso de História da FAFIPA, cansados de tanto descaso resolveram na noite do dia 16 de Abril de 2008 abandonar as salas de aula e em conjunto ir até a sede administrativa da FAFIPA e cobrar explicações e uma atitude urgente para um problema que incomoda desde o inicio do ano letivo de 2008.
O problema que tanto nos incomoda é a precarização da limpeza das salas de aulas do Centro de Atividades Corporais – CAC, bem como da via de acesso ao mesmo e de todo o prédio (banheiros, corredores, pátio etc.).

A HISTÓRIA
O dia 16 de abril não foi um ato isolado. Há mais de um mês que nós do CAHIST e do Departamento de História - DHI da FAFIPA, vêm cobrando da direção desta a limpeza das salas de aula do CAC. Foram mais de 5 reuniões, 2 documentos protocolados e 1 abaixo assinado. A noite do dia 16 foi a gota d’água!
Em todas essas reuniões que foram feitas com a direção da FAFIPA, escutamos a promessa de que o problema seria resolvido o mais rápido possível. Não foi. Depois de mais pressões acadêmicas nos informaram que o problema era a falta de funcionários, e o diretor da FAIFPA, José Paszczuk, nos afirmou que o problema seria resolvido até o dia 10 de abril. Não foi!
Em uma reunião com o responsável pelo patrimônio da FAFIPA, Antonio Homero Madruga Chaves, no dia 10 de abril, foi pedido ao CAHIST um prazo de 15 dias para que se contratassem funcionários e para que se iniciasse a limpeza das salas de aula e da via de acesso às mesmas. O CAHIST afirmou que 15 dias era muito tempo para se fazer o mínimo para que nós acadêmicos tivessem condições para assistirmos aulas numa sala de aula pelo menos higiênica. Esse mínimo se resumia a passar um pano nas carteiras. Era o mínimo, tirar o pó das carteiras, mas isso também não foi feito.
Durante todo esse processo de discussão do CAHIST, DHI e direção da FAFIPA, todas as outras salas de aula estavam sendo limpas, somente às salas do Curso de História que continuavam com o problema, ou seja, existiam funcionários para limpar todas as outras salas, seja de aula ou da direção, só para o CAC que não existia.

A GOTA D’AGUA
No dia 16 de Abril de 2008, o CAHIST teve a feliz noticia que 5 novos funcionários, relacionados a limpeza, foram contratados e que começariam a trabalhar neste mesmo dia. De fato foi confirmado que os novos funcionários já estavam trabalhando. A nossa esperança era de que pela noite teríamos aulas em salas limpas para estudarmos.
A surpresa foi que ao entrarmos no prédio do CAC, o mesmo se encontrava sujo, as salas de aula imundas, as carteiras cheias de pó, os banheiros impenetráveis de tanta sujeira.
Indignados fomos, enquanto direção do CAHIST, até a sala do responsável pelo patrimônio da FAFIPA com pedaços de papel que os acadêmicos usaram para limpar as carteiras para poderem se sentar e começarem a estudar. lá não tivemos nenhuma resposta convincente para o problema.
Convocamos os acadêmicos em uma assembléia para comunicar o que estava acontecendo. A decisão foi de que não assistiríamos aula enquanto não limpassem as salas de aula. E para que a direção tomasse consciência da nossa indignação resolvemos, CAHIST e acadêmicos, descer até a sede administrativa para cobrar uma explicação e uma atitude da Direção para solucionar o problema e comunicar aos mesmos da decisão dos acadêmicos de não entrar nas salas de aula enquanto as mesmas não tivessem limpas.

AS CONSEQUENCIAS
Muitos acadêmicos de outros cursos da FAFIPA ficaram inconformados com o ato dos acadêmicos de História, alguns chegaram a falar que somos baderneiros e que na verdade estávamos arrumando motivos para não assistirmos aula.
O que temos a dizer a esses colegas é que o CAHIST, o MoVer e os Acadêmicos de História fazem parte de um movimento estudantil sério e comprometido com a qualidade de ensino, um movimento que tem sua base estadualmente.
O ato do dia 16 de abril não foi uma bagunça, foi uma forma organizada de protestar contra o descaso que enfrentamos há 45 dias. Chegamos ao limite da situação. Cansamos de conversas e promessas, o protesto foi à maneira encontrada por nós para que o problema fosse solucionado.
Não é verdade que estamos procurando motivos para não assistirmos aula! A maior prova é que passamos 45 dias assistindo aula com carteiras sujas, chão encardido, banheiros com vazamento de água ou sem água. Passamos mais de 45 dias indo para as salas de aula com os pés cheio de barro porque a via de acesso às salas de aula está completamente cheio de terra e barro. Na verdade, fomos resistentes.
Se foi certo ou não o ato do dia 16 de Abril, iremos avaliar depois. O que podemos concluir é que na manha do dia 17 de Abril de 2008 cinco funcionários foram ao CAC limpar o mesmo e as salas de aula.

CAHIST - Centro Acadêmico de Historia da FAFIPA
MOVER - Movimento Vermelho

segunda-feira, 14 de abril de 2008

“IstoÉ” manipula foto para proteger Serra




PUBLICADO EM 07/04/2008


A revista IstoÉ desta semana mostra – para poucos – que a campanha eleitoral já começou e de que lado está. Para proteger o PSDB e o governador de São Paulo, José Serra, a publicação, contrariando todas as regras do jornalismo, apagou a inscrição “Fora Serra” de uma foto feita durante um protesto do MST e do MAB contra a privatização da Cesp.

Mais que isso, o resultado visual inverte o significado da imagem que traz uma placa de trânsito “Pare”, como se quem devessem parar fossem os movimentos, e não as privatizações.

A adulteração de uma foto – passível de processo pelo detentor de seus direitos autorais, no caso a Folha de São Paulo – é plenamente possível hoje em dia com o uso de um programa para tratamento de imagens, como o Photoshop por exemplo, mas é prática condenada no meio jornalístico. O fato escancara o poder de influência camuflada que os meios de comunicação de massa tem para atuar como o que vem sendo chamado de “Partido da Mídia” (PM).

A foto adulterada, de autoria do fotógrafo Cristiano Machado, ilustra a matéria “ O MST contra o desenvolvimento” e mostra integrantes de movimentos sociais bloqueando a rodovia Arlindo Bétio, que liga São Paulo a Mato Grosso do Sul e Paraná, em protesto contra a privatização da Cesp (Companhia Energética de São Paulo), no dia 24 de março (leia reportagem).


A legenda diz “A exemplo do que ocorreu em São Paulo, em protesto contra a privatização da Cesp, os sem-terra prometem parar estradas em todo o país nos próximos dias”.

A reportagem assinada por Octávio Costa e Sérgio Pardellas criminaliza os movimentos sociais sustentando que “os sem-terra ameaçam empresas e investimentos que geram empregos e qualidade de vida”, sem mencionar que a Aracruz Celulose, a Monsanto, a Cargill, a Bunge e a Vale – citadas pela matéria como exemplos de empresas prejudicadas – respondem a acusações de destruição do meio ambiente, desrespeito aos direitos de povos tradicionais, como quilombolas e indígenas, e exploração de trabalhadores. A matéria tenta desautorizar o MST como um ator político que vá além da luta pela reforma agrária. Diz que “desde 2006, o MST lidera ataques à globalização, ao neoliberalismo e às privatizações – algo que nada tem a ver com a sua luta original”.

Nada é por acaso

A editora Três, que publica a revista IstoÉ, é controlada pelo acionista majoritário do banco Opportunity, Daniel Dantas. O banqueiro tem ligações com fundos de pensões, além de uma participação ativa no processo de privatizações de estatais sobretudo durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. Em 2007, Dantas superou a concorrência da Rede Record e comprou 51% das ações da editora Três, que estava à beira da falência.

O banqueiro tem uma trajetória de proximidade com outros partidos de direita como o DEM, sobretudo com o falecido político baiano Antonio Carlos Magalhães. Também foi sócio do publicitário tucano Nizan Guanaes. Por diversas vezes, foi alvo de investigações e respondeu a crimes como espionagem e formação de quadrilha. Quando estava à frente da Brasil Telecom, foi acusado de contratar a empresa Kroll para espionar a Telecom Italia.

FONTE: http://www.brasildefato.com.br/v01/agencia/nacional/201cistoe201d-apaga-foto-para-proteger-serra

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Encontro Estudantil de História:

Caros camaradas, recentemente estive em um encontro estudantil de História, juntamente com o colega Jean (2º ano). O tema foi América Latina Contemporânea e tivemos figuras como Emir Sader e Osvaldo Coggiola. No encontro, diversos grupos de trabalho discutiram o movimento estudantil e a profissão de história, ao final do evento, a Plenária aprovou o seguinte:

Universidade e Movimento Estudantil
1. Construir o MEH por dentro e por fora da UNE;
2. Fortalecer as federações e executivas de curso;
3. Contra as Parcerias Público-Privadas e pelo fim do Ensino Pago, pela federalização do ensino superior privado;
4. Contra a compra de vagas nas universidades privadas e pela transferência dos bolsistas do PROUNI pras universidades públicas;
5. Contra o REUNI, em defesa das universidades públicas e gratuitas;
6. Em defesa das cotas; pela universalização do acesso às universidades públicas;
7. Democracia nas universidades: paridade nos conselhos superiores, voto direto para Reitor, pelo fim das listas tríplices;
8. Contra a criminalização dos movimentos sociais;
9. Contra a Reforma Universitária, pela retirada do PL 7200/06;
10. Contra o Ensino a Distância: em defesa do tripé Ensino, Pesquisa e Extensão.
11. Contra o uso do EAD como substituição ao curso de graduação, mantendo-o como complementação dos estudos;
12. Atenção ao sucateamento da Educação Básica: articulação com os movimentos dos professores e secundaristas;
13. Articulação entre às universidades onde o movimento estudantil já está mais “solidificado” e as otras universidades, no sentido de auxiliá-los nas discussões de ENADE, Reforma Universitária e outros assuntos de âmbito nacional.
14. Boicote ao ENADE.
15. Contra as Parcerias Público-Privadas e pelo fim do Ensino Pago, pela federalização do ensino superior privado;
16. Campanha pela redução das mensalidades e pela revogação da lei 9870/98 de FHC que regulamenta o aumento das mensalidades.
17. Criação de um boletim da FEMEH-Sul, com as principais pautas do movimento estudantil de História e que contenha informações sobre as principais lutas – e a situação – do movimento estudantil em cada universidade.
18. Discutir a produção do conhecimento na universidade bem como a responsabilidade social da mesma. Discutir a proposta de uma universidade popular, que produza conhecimento que realmente atenda ás demandas sociais.
19. Planejar uma atividade conjunta que discuta a democracia hoje e a democracia na universidade.
20. Formulação de um calendário unificado de lutas que contemple as discussões sobre a abertura dos arquivos da ditadura. Proposta de pelo menos um evento conjunto por semestre. Sugestão de datas: março (aniversário do golpe militar de 1964), maio (40 anos do maio de 1968), dezembro (40 anos do AI-5).
Ensino de História
1. Intensificação do debate do ensino da história nas séries iniciais.
2. Intensificação do debate acerca de novas perspectivas para o ensino de história.
3. Fazer a luta por um ensino de história articulado com a realidade concreta.
4. Desenvolver a luta pela indissociabilidade do bacharelado e licenciatura.
5. Luta pela valorização do(a) professor(a) de história.
6. Intensificação na discussão das diretrizes curriculares de história.

Regulamentação da Profissão
1. Luta por um piso salarial da categoria docente junto ao MEC.
2. Luta por um plano de carreira para os professores.
3. Centrar as lutas nos problemas do campo educacional.
4. Que a FEMEH - Sul seja contrária a regulamentação da profissão e organize-se na luta da classe trabalhadora em defesa de condições de trabalho dignas a todos e todas.
5. Lutar pelo cumprimento da Lei que estabelece a exclusividade do ensino da história aos graduados em história, bem como em outras áreas.
6. Buscar esclarecimentos sobre a função dos conselhos profissionais.
7. Aprofundar a discussão sobre a regulamentação no ENEH.
8. Aprofundar a discussão sobre a regulamentação na base.
Moções Aprovadas:
Moção de apoio a luta da mulheres da via campesina no dia 8 de março contra a monocultura de eucaliptos e o agronegócio que provoca a exclusão de camponeses.

Moção de apoio aos trabalhadores do Movimento das Fábricas Ocupadas, que em junho realizarão em Joinville o Tribunal Popular para julgar a intervenção na CIPLA e INTERFIBRA. A luta dos trabalhadores também é a luta de nós estudantes.

Moção de apoio à Campanha das centrais sindicais pela Redução da Jornada de Trabalho sem Redução de Salários.

Moção de apoio aos estudantes da UERGS na luta contra o desmantelamento da universidade.

Moção contra a censura do livro História Crítica de Mario Schimidt.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Reunião do Comitê Paranaense de Luta Estudantil

Estimados companheiros, o Comitê Paranaense de Luta Estudantil convoca os DCEs e demais entidades estudantis para dar continuidade em nossas atividades para enfrentar os ataques à Universidade Pública no Estado do Paraná.

Com o objetivo de reorganizar e unificar as lutas contra a Reforma Universitária e Reuni de Lula, contra os ataques a autonomia universitária e arrocho salarial desferidos por Requião, de lutar por mais verbas para a educação, precisamos nos mobilizar em defesa da Universidade e Faculdades públicas.


Em nossa primeira reunião discutimos propostas, algumas delas já estão sendo colocadas em prática, como publicação do boletim, abaixo assinado contra a intervenção do Governador na UNIOESTE; 1° de Abril contra as mentiras do Requião; articulação do ato em Curitiba no mês de Maio..

Portanto, mais um passo será dado para concretização de nossos objetivos. Nesse sentido, nossas mobilizações devem somar forças, seja em encontros, fóruns, comitês e ações de luta estudantil.


A Reunião em Londrina será dia 13 de Abril, às 10h no sindicato da APP, Avenida Juscelino Kubitschek, N° 1834.

Pauta da Próxima reunião:

Informes
Organização do ato em Curitiba
Autonomia Universitária
Repressão
Organização do Comitê Paranaense de Luta Estudantil
Transporte

Já fazem parte do CPLE:
DCEs: UEL, UEM, UFPR, UNIOESTE (MCR), MOVER FAFIPA.

Obs: Maiores informações sobre a reunião em Londrina com o DCE - UEL, e-mail: dce.uel@gmail.com, telefone: 43 33714586

Postado por DCE - Gestão Caminhando - "Em defesa da Educação, os Estudantes não param..."